Prólogo
Phillip estava sentado na
janela do quarto de seu apartamento no décimo terceiro andar de um
condomínio de luxo. Estava nu, molhado e sujo, com as pernas pra fora da
janela e com vontade de pular. As lembranças de sua vida passavam pela
cabeça na fração de um segundo, o abandono da esposa, a doença e morte
da filha, perda da moral e a falência financeira. Depois de tudo isso
seus amigos e família o abandonaram. Onde estavam aqueles que juraram
que o amavam e nos momentos de alegria estavam sempre presente? Não,
ninguém estava ai para ajudá-lo, ninguém iria implorar para que ele
mudasse de idéia ou tentar segura-lo, sua vida estava destruída e ele
sentia impotente para mudar qualquer coisa.
E todo esse inferno que vinha vivendo? Ele não acreditava no
sobrenatural, mas as visões que tinha pareciam tão reais, como se ele
pudesse tocá-las e senti-las. Não que alucinações eram novidade para
ele, depois da morte da filha, passou a usar cocaína varias vezes ao
dia, mas as visões eram diferentes, tinham um sentimento distinto e uma
sensação de realidade. Por ser muito orgulho nunca procurou ajuda de
médicos, mesmo sabendo que talvez a loucura o estivesse consumindo e a
qualquer dia não ia mais distinguir o real da fantasia e agora estava
pagando por isso.
Ele se olhou nessa situação, o medo e a fadiga
neste instante o fez desistir de pular. Imediatamente colocou uma das
pernas para dentro do apartamento e uma musica começou a tocar. O horror
tomou conta de sua alma novamente, ele olhou para traz e viu o
porta-jóias que pertencia sua filha em cima da cama com a bailarina
rodando.
“Merda” – disse Phillip.
Um ano antes
Eram
umas sete e meia da manhã quando Phillip acordou ouvindo a musica vindo
do porta-jóias que ele deu de presente a sua filhinha de nove anos,
abriu os olhos, e a viu do lado da sua cama com a caixa na mão.
Catherine
amava seu porta-jóias com a bailarina dançando mais que todos seus
brinquedos e sempre o matinha por perto. Quando acordava a primeira
coisa que fazia era abrir-lo e ver a bailarina dançar.
Phillip se
levantou para levá-la ao hospital. Ele não podia imaginar que aquele
seria um dos piores dias de sua vida, pois os médicos iriam dar a
noticia que não havia mais esperança para Catherine.
Ela tinha
uma doença rara que deteriorava as veias corpo e os médicos diziam que
ela não alcançaria os quinze anos de idade. Isso era a derrota da vida
de Phillip. Ele sempre se esforçou para ajudá-la, fez todos os
tratamentos possíveis, gastou quase toda sua fortuna em viagens para
outros países, mas nada adiantou. Os médicos disseram que era só uma
questão de tempo para que ela morresse.
Depois que os médicos
chegaram à conclusão que não havia mais recursos para menina, sua esposa
não agüentando a pressão e o sofrimento os abandonou. Deixou uma carta
explicando porque se foi. Saiu com a roupa do corpo, levou o dinheiro
que mantinham no cofre, que era uma boa quantia, e não voltou mais.
Susan
era uma mulher ambiciosa, fria e sem sentimentos que nunca quis ter
filhos e somente o fez porque o marido rico que sustentava sua vida de
luxo exigiu. Ela nunca imaginou que seria obrigada a passar por tal
situação quando aceitou. De certa forma Phillip estava feliz que ela se
foi, ele não a suportava mais e sempre discutiam por causa da maneira
que ela tratava sua filha.
*****
Alguns meses depois que
Susan se foi, Catherine morreu. A partir daí, Phillip começou a morrer
também. Afundou-se em drogas e bebidas alcoólicas, andava com
prostitutas da pior espécie. Havia semanas que não ia trabalhar, sua
empresa estava se afundando e quando viu foi roubado pelo contador que o
deixou a empresa falida e com muito pouco dinheiro em sua conta
pessoal. Ele não se importou com isso, pois não estava motivado a se
reerguer.
“Vou terminar de gastar o resto.” – pensou ele em transe por causa da cocaína.
Chegando
em casa depois de uma noitada daquelas Phillip encontrou a caixa de
música de Catherine em cima da mesa. A raiva tomou conta da sua alma.
“Aquela
empregada idiota, eu ordenei que ela não tocasse nada naquele quarto,
amanhã eu mando ela embora” – gritou ele para as paredes, e andou em
direção ao quarto.
Quando ele tocou a maçaneta da porta do quarto
notou que estava extremamente fria, pensou que poderia ser por causa de
uma das saídas do ar condicionado que ficava bem em frente ao quarto e
não deu muita importância. A porta estava trancada. Irritado foi até o
seu quarto pegar a chave que mantinha na gaveta do criado mudo perto de
sua cama.
Voltou e abriu a porta, por alguns instantes ficou
parado, criando coragem para entrar. Era a primeira vez que ele abria o
quarto depois da morte da filha. Ali estava tudo como ela tinha deixado
até a roupa suja não tinha sido tocada. Ficou imaginando o porquê da
intrusão da empregada no quarto se nada tinha sido tocado, se fosse de
brincadeira era muito cruel.
Ele se sentou na cama e viu a foto
da filha, o seu cheiro ainda estava no quarto. Segurando a foto na mão
começou a chorar, ele deitou na cama e abraçando a foto sentiu os olhos
pesarem e dormiu.
Momentos depois, naquele sono profundo causado
pelo álcool, Phillip se revirava, contorcia e gritava. O pesadelo era
terrível e de alguma forma sabia que estava dormindo. Ele estava
sonhando com a filha, ela estava se afogando e pedindo ajuda ao pai que
estava do seu lado, mas por alguma razão ele não a alcançava. Repetidas
vezes ele se jogava em direção a ela porém nada adiantava, até que ela
afundou e desapareceu.
Agoniado ao ver a filha se afogando e
gritando alguma coisa por baixo da água que não podia entender ele
acordou banhado em suor, escutou a música do porta-jóias da filha e
horrorizado olhou para o chão onde a viu de costas pra ele. Ela estava
molhada em sua camisola de dormir observando a bailarina. Phillip podia
escutar a voz dela cantando junto da caixa. Apavorado ele gritou.
“O que foi papai?” – disse a menina virando se para ele.
Com
temor do que iria ver Phillip correu antes que ela tivesse tempo de
virar-se completamente, trancou a porta do quarto dela, foi deitar-se em
sua própria cama e começou a rezar.
Pelo resto da noite a ele
tentou se convencer que o que ele tinha visto era pura alucinação por
causa do álcool, mas o medo era muito e ele não parava de pensar no que
tinha visto.
Quando amanheceu saiu de seu quarto, ainda com medo
do que vira na madrugada, se arrumou rapidamente e saiu do apartamento.
Ele não queria ficar ali e se tivesse opção não voltaria mais.
Dirigiu
por algumas horas sem direção certa, não tinha para onde ir e a
hipótese de voltar pra casa o dava arrepios. Decidiu ir para a casa de
sua mãe, havia tempo que ele não conversava com ela e sentiu saudade de
sua infância, onde a vida era mais simples.
Ele estava fazendo um
retorno em direção a casa de sua mãe quando o celular tocou, quando
atendeu era a sua empregada, ele atendeu pronto para despedi-la.
“Seu
Phillip esta tudo bem? Estou aqui na porta que parece estar emperrada,
eu destranquei, mas ela não abre. O senhor pode abrir por favor?” disse a
mulher.
“Eu não estou em casa e a partir de...” – tentou terminar quando foi interrompido pela empregada.
“Como
não? Estou escutando barulho dentro do apartamento, quem esta lá
dentro?” – questionou a mulher que a esse ponto estava confusa.
O coração de Phillip disparou e a boca ficou seca. Virando em direção a sua casa novamente disse:
“Chama
o zelador e pede pra ele tentar abrir a porta, eu estou indo embora.” –
e desligou nem dando tempo da empregada responder.
Chegando em
casa encontrou na porta do apartamento, a empregada, o zelador e dois
policiais. O zelador explicou que achou melhor chamar a policia desde
que ele e a empregada escutaram barulho de porta abrindo e fechando e
música.
Phillip ficou paralisado sem saber o que dizer, ele não
queria estar neste lugar novamente. Porta abrindo e fechando e música,
ele já estava desconfiado do que poderia ser, mas não queria pensar mais
nisso.
“Algum problema doutor? Esta parecendo que viu fantasma.” – disse um dos policiais dando uma risadinha cínica.
A
primeira reação de Phillip foi tentar a abrir a porta, tocando a
maçaneta sentiu o mesmo frio da noite anterior e tirou a mão
rapidamente. Ele perguntou ao zelador se a maçaneta estava fria, o
zelador respondeu que não.
Por estar em companhia de outras
pessoas se sentiu seguro para tentar abrir aporta, o que foi feito com
muita facilidade, era como se a porta nunca estivesse trancada. Um dos
policiais segurou seu braço.
“É melhor nós entrarmos primeiro, pode ser que tenha alguém ai dentro.”
Os policiais entraram e em dois minutos voltaram, um deles disse:
“Ta
tudo em paz podem entrar” – disse abrindo a porta completamente para os
outros passarem. “Só que tem um quarto com a porta trancada, abra-o,
por favor.”
“Não” – disse Phillip fechando e semblante e com a voz irritada.
“Por quê?” – perguntou o policial curioso.
“Esse
quarto era da filha falecida do senhor Phillip” – respondeu a
empregada. “Ele não permite a entrada de ninguém lá, não insistam por
favor” – completou.
“Vamos embora que temos mais o que fazer” – disse o outro policial.
Os
policiais foram embora e junto o zelador. Phillip sentou-se à mesa da
sala onde tinha encontrado o porta-jóias da filha na noite anterior.
Somente de pensar no assunto já se irritou.
“Engraçado” – disse
Phillip olhando com a raiva para a mulher que notou a ironia do patrão.
“Você diz aos policiais que eu não permito ninguém naquele quarto e
ainda sim você tem coragem de entrar lá e mover um dos objetos que minha
filha gostava mais. Se isso se repetir, eu te demito”.
“Do que o
senhor ta falando? Desde que Catherine se foi eu nunca mais entrei no
quarto. Eu nunca desobedeceria a uma ordem sua patrão.”
“O porta jóias, eu o encontrei na mesa da sala ontem à noite.” – explicou Phillip.
A mulher ficou pálida e paralisada.
“O
que foi? Está assustada porque eu descobri? Não se preocupe, eu não vou
te demitir agora, como te disse vou te dar uma chance.” – disse ele com
ar de vitória.
“Não senhor, só não estou gostando do assunto,
ontem quando eu terminei de guardar suas roupas pensei que tinha
escutado a música do porta-jóias, foi questão de segundos, então achei
que era impressão minha e fui embora. Mas agora...” – dizia quando foi
interrompida com um berro de Phillip.
“Não seja estúpida, some da minha casa e não volte mais” – disse ele agarrando-a pelo braço e a levando em direção a porta.
Quando
tentou abrir a porta para jogá-la pra fora se surpreendeu vendo que a
porta não abria. Forçou um pouco mais e nada. A empregada deu um grito
de pavor, quando ele se virou para dar atenção a ela viu sua filha no
final do corredor que dava para os quartos.
Catherine estava de
pé parada na porta de seu quarto com o porta-jóias que tocava na mão.
Phillip a olhou com horror, pois seu rosto não estava mais completo,
como se ela estivesse sendo comida. O que restava de sua pele estava
roxo e sua roupa maltrapilha.
Gritando de horror a empregada se
rastejou até a porta que desta vez abriu com facilidade e desapareceu
pelas escadas deixando Phillip sozinho com a menina. Ele estava
paralisado, não sabia o que fazer, sua primeira intenção era correr
atrás da empregada, mas a porta estava fechada novamente e de certa
forma ele sabia que não ia poder abri-la.
Virou-se de novo para
Catherine, ela estava chorando desesperadamente e com uma das mãos
estendidas em direção a Phillip que por sua vez se ajoelhou e começou a
chorar.
“Por quê? Por quê? O que você quer? Me diz o que?” – disse ele gritando com toda sua força.
“Ajuda
papai, me ajuda, por favor, eles...” – dizia ela com a voz fraca e
tremula quando foi interrompida por uma mão que surgiu por de trás dela e
lhe tapou a boca. Era uma mão nojenta, enorme, cinza e com aspecto
podre.
A última coisa que Phillip escutou foi o grito intenso e
abafado de Catharine, e viu a mão a puxando para trás. Ele tentou correr
para ajudá-la, mas ela já tinha desaparecido quando ele chegou ao ponto
onde ela estava.
Ele deu um berro de agonia, sentou-se ali e
chorou por varias horas, pensando no sofrimento que espírito da filha
estaria passando.
A noite chegou, seu corpo deu sinais de
fraqueza e ele se lembrou que já não comia a mais de um dia, foi até a
geladeira e comeu algo que a empregada havia deixado no dia anterior.
Lembrando-se dela pensou ligar no dia seguinte para saber se ela estava
bem depois daquele choque.
Decidiu ir dormir, tomou um bom banho e
deitou-se. Depois de algum tempo ali, rolando de um lado para o outro,
viu que não iria dormir, pois sua cabeça não parava de pensar no que
havia acontecido nos últimos dias.
A vontade de usar drogas
estava o deixando louco. Ficou ali pensando se deveria sair para
consegui-las ou não. Decidiu não ir, pois já estava na hora de parar de
se drogar, ele queria fazer isso antes que a droga o deixasse louco de
vez.
Colocou a cabeça no travesseiro para dormir e fechou os
olhos, a música do porta-jóias começou a tocar bem longe. Assustado
olhou para a aonde vinha a música. Catherine estava na porta do
apartamento andando em sua direção.
“Olha papai, por favor.” – disse ela chorando.
Phillip
não pensou duas vezes e fechou e trancou a porta do quarto. O som
daquela música, que de angelical tinha se transformado em infernal para
seus ouvidos, vinha aumentando pouco a pouco até que ele percebeu pela
altura que escutava ela tinha que estar na porta do seu quarto.
Escutou
a porta destrancar, a maçaneta girou lentamente e a porta começou a
abrir. O rangido da porta entrou em seu ouvido como uma pancada de tão
alto e o volume da música aumentava a cada centímetro que ela abria.
Mais uma vez Phillip se viu sem saída, o suor escorria no seu corpo como
se estivesse saído do banho e não tivesse se enxugado.
Quando a
porta terminou de abrir, ele pôde ver Catherine, que ainda chorava e
pedia ajuda com aquela voz melosa que ela conversava com seu pai.
“O que você quer? Por que você esta fazendo isso? Me deixe em paz.” – gritava ele mas uma vez.
“Olha papai, por favor.” – chorava Catherine estendendo as mãos com porta-jóias. “Olha aqui, por favor.”.
No momento de loucura Phillip pegou o porta-jóias e o jogou no chão.
“O que você quer que eu veja?” – gritou ele olhando para onde seria os olhos da menina, mas agora era somente um espaço vazio.
O
rosto de Catherine se virou para onde o porta-jóias despedaçou e
Phillip fez o mesmo. Ele olhou para o chão espantado, e o choro
aumentou.
“O que é isso? O que você fez? Meu Deus me diz alguma coisa, o que é isso? – ele já não estava dentro de si mais.
Catherine
segurou sua cabeça e ele foi transportado. Ele se viu entrando no
quarto da filha em um dia qualquer, colocando em cima da mesa seu
medicamento e um copo com água.
“Aqui esta o remédio filha, tome e vamos que eu já estou atrasado” – Phillip se viu dizendo.
“Ok papai, já vou.” – disse Catherine se levantando e sorrindo para o pai.
O
Phillip do passado sai do quarto e o rosto de Catherine muda
totalmente, um tom de tristeza toma conta e sua feição e ela muda
completamente. Olhando o retrato da mãe e pensando no sofrimento do pai,
ela pega todo o medicamento e o esconde no fundo falso do porta-jóias
que a este ponto já estava cheio.
Phillip olha no calendário do quarto e vê que foi apenas alguns dias antes dela morrer.
Catherine
agarrou o seu braço novamente e ele foi transportado pra outro lugar,
novamente ele reconheceu o lugar, estava no inferno. Segundos depois que
ele havia chegado lá, dezenas de demônios os cercaram, rasgaram toda
sua roupa e até tentaram comer sua carne. Alguns de longe pediam ajuda,
sentiam fome, sede, cansaço e qualquer outro sentimento que os faziam
sofrer. Aquilo era o inferno, aquelas almas estavam condenadas a sentir o
sofrimento mundano por toda eternidade.
Em outro segundo estavam de volta no quarto. Phillip chorou e chorou com sua filha olhando pra ele com seu olhar morto.
“Me ajuda papai, me protege.”
“Como Deus pôde te mandar para aquele lugar, você é só uma criança?” – perguntou ele raivoso.
“Eu
teria sobrevivido por muito mais tempo, mas eu me matei parando de
tomar os remédios, agora esse é o meu castigo”. Respondeu Catherine
desaparecendo enquanto a mesma mão a levava novamente.
Com o corpo todo dolorido e sujo da viagem ao inferno, Phillip se levantou e sentou-se na sua janela.
Epílogo
Escutando
a música do porta-jóias que uma vez mais estava inteiro voltou a
colocar as pernas pra fora. Ele tinha que pular, se estivesse louco,
seria melhor não viver assim, e se todas suas visões fossem reais, ele
tinha que fazer alguma coisa para ajudar a filha. Olhou uma vez mais
para trás, Catherine estava lá, parada em um canto chorando.
Ela
virou seu rosto vazio para Phillip que em fim pulou. Enquanto caia sua
vida passou como um filme, e ele não se arrependeu do salto.
Seu
corpo atingiu a grade que ficava em cima do muro de proteção do
condomínio. Seu corpo nu ficou pendurado como um trapo, sua vida chegara
ao fim.
Alguns dias depois Susan foi até o apartamento para ver
se encontrava alguma coisa que pudesse levar consigo, e até esperava
encontrar pouco mais de dinheiro no cofre.
Ao entrar no
apartamento ela não sentiu nada, nem uma emoção, não tinha remorso ou
saudades da filha e nem do ex-marido. Deixando a porta do apartamento
aberta andou em direção ao quarto que antes dividia com Phillip e notou o
porta-jóias em cima da cama tocando a música e a bailarina dançando.
Ela deu um sorriso mórbido.
“Eu sabia que o idiota não ia agüentar ficar sem a princesinha dele”. – disse ela com cinismo.
Quando
terminou de falar alguma coisa tampou a claridade que vinha da janela.
Ela olhou naquela direção e para seu horror ali estavam Phillip e
Catherine de mãos dadas. Seus corpos apodrecidos e deformados.
“Bem vinda de volta ao lar querida” – disse Phillip que agora também tinha um sorriso mórbido estampado no seu rosto.
Susan gritou desesperadamente e correu em direção à porta do apartamento, a porta violentamente se fechou e trancou.
Continua...
Bons Pesadelos... Sonhem Com a Nossa Querida Catherine...
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